google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: Como enfrentar uma crise para estar em paz consigo mesmo

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Como enfrentar uma crise para estar em paz consigo mesmo


Todos nós já passamos por alguma crise em nossa vida, quer seja em relacionamentos, com chefes, subalternos, familiares, relações afetivas, etc. E para enfrentarmos um problema ou uma crise, existem várias possibilidades:


  • Podemos Ignorar o problema e esperar que ele desapareça sozinho. Tentar esquecê-lo. Porém ele voltará com mais veemência após algum tempo.
  • Outra forma de lidar com um problema é arrastá-lo junto, sem resolvê-lo. Acomodar-se pensando: “Ah! Não posso resolvê-lo mesmo, pois o outro envolvido já está longe!”
  • A terceira maneira é tentar resolvê-lo, discerni-lo, julgá-lo e tomar uma decisão para transformá-lo, pois dessa forma, ele não se transforma numa rocha fechando o caminho de sua vida.
Julian Sleig sugere doze passos para a resolução de um problema, que são projetados para nos ajudar a perceber os sentimentos e emoções que surgem em nossas vidas.

Podemos trabalhar um passo por dia. Ou então, em um primeiro dia pode-se tentar trabalhar os quatro primeiros passos. Este trabalho poderá ser feito sozinho, escrevendo ou um diálogo com um amigo ou com um terapeuta.

Vamos aos passos:

Primeiro passo: Reconhecer os fatos, pois a atitude oposta seria negar a existência da crise e, portanto, não tentar resolvê-la. “Sim, eu tenho um problema!”, a partir daí descrevê-lo com todos os seus detalhes:
Como surgiu
As pessoas envolvidas
Que impacto causou
Que sentimentos surgiram
Que dificuldades a crise está causando.

É preciso ser o mais objetivo possível, evitando julgar; tentando olhar para o problema como se estivesse de fora.

Segundo passo: Em busca da causa.
Reconhecer que a crise faz parte de você, que você é o responsável pela existência da crise ( a atitude negativa seria culpar os outros).
Assumir e responder pelo que aconteceu (mesmo que existam outros envolvidos que, aparentemente, são também culpados).
Tomar consciência de que integra o problema, ele faz parte de você.

Terceiro passo: Aceitação da crise.
A crise serve para o crescimento pessoal.
Nesta fase tem que estar bem atento aos seus sentimentos e movimentá-los no seu interior.
A raiva – “Porque isto acontece justo comigo?”. Reconhecer: “Sim, estou com raiva!”, pois reconhecendo-a, ela vai passando em vez de se transformar em vingança. A energia positiva da raiva poderá levar ao perdão mais tarde.

A depressão: ela amarra e impede você de agir.
O medo: paralisa e torna-o consciente das suas fraquezas.
O ódio: mostra como você está realmente ligado e dependente da outra pessoa envolvida.
A culpa: você violentou sua auto-estima, sua integridade; seu comportamento está em desacordo com a sua visão elevada. O que é necessário é não carregar a culpa, arrastando-a consigo, mas reconhecê-la. A sua causa é que tem que ser resolvida. Remover a causa do comportamento faz surgir a culpa.
Fadiga, frustração, resignação: tem que lutar contra estes sentimentos, colocar-se fora da situação estressante, descansar, mudar o estilo de vida, por novas idéias e objetivos no que você está fazendo.

Desespero e falta de esperança: estar aberto para tudo que possa vir a acontecer. Ter a certeza de que vem ajuda ou de uma pessoa ou do mundo espiritual, um insight novo, uma resolução inesperada.

Quarto passo: O que tenho que aprender com a crise?
A atitude negativa é puro orgulho, faz-nos pensar que não nós, mas os outros precisam aprender. Desenvolva-se com humildade, quebre padrões antigos de comportamento.

Observação: chegando ao quarto passo, é bom fazer um intervalo de um dia ou mais, para retomar o problema. Geralmente é suficiente para chegar a uma conclusão das causas, porque isso aconteceu.

Quinto passo: Aprofundar-se na análise do problema.
A atitude negativa vem banalizar ou superficializar o problema.
Faça novamente uma síntese do problema, repasse-o.
Entre mais profundamente na crise, que está lhe trazendo tanto desconforto.
Questione a imagem que tem de si mesmo.
Quais os valores e ideais estão sendo abalados? Você vive realmente os seus valores, ou apenas normas aprendidas na infância?
Deixe vir a sua voz interna à tona. Não mais a atitude convencional, mas a voz do seu Eu inabalável, mesmo que no momento ela o desagrade.
Esteja aberto para algo totalmente novo em termos de ajuda: livros, amigos, música, um tom de alguma cor.

Sexto passo: Após a escuridão, um novo dia.
Tomando novas resoluções.
A atitude negativa será a de manter-se obstinado em suas opiniões.
Tenha coragem para mudar velhos hábitos e atitudes.

Sétimo passo: Definir um plano de ação.
A atitude negativa será a de resignar-se.
Você visualiza um plano de ação?
Quais os passos necessários? (Vá escrevendo passo por passo)
Olhe mais uma vez para trás, fazendo uma retrospectiva.
Imagine a futura situação do modo como gostaria que ficasse.

Oitavo passo: Encarando o futuro, gerando entusiasmo.
A atitude negativa será a de agarrar-se ao passado.
Deixe o passado definitivamente para trás.
Limpe o passado dando livros, roupas, fotos, pertences pessoais que você, a esta altura, já deverá ter percebido que não condizem mais com sua vida atual, com você no presente.
Jogue fora papéis, documentos inúteis, coisas mais pessoais ainda.
Jogue fora sua raiva, suas expectativas irrealizáveis, seus desejos tolos, seus sentimentos desprovidos de virtude.
Crie espaço para o futuro. Dedique-se a coisas novas. Tenha atitude positiva perante a vida!

Observação: Há sempre os perigos de racaídas, ao longo do percurso. No caso terão que ser repetidos os passos anteriores com mais cuidado e profundidade.

Os quatro passos seguintes, às vezes, precisam de mais tempo, para serem completados.

Nono passo: Perdão.
A atitude será o pensamento de vingança, de acusação ao outro. Trata-se de dar aqui, um passo altruísta.
Como você vai dar o passo para perdoar o outro? Um telefonema, uma carta – mesmo se o outro estiver inalcançável, mande-lhe os pensamentos positivos de perdão.
A crise foi necessária para o seu crescimento pessoal. Você poderá perdoar ao outro e a si mesmo.
Do emocional passamos por uma ponte para o espiritual. O perdão é uma força espiritual que vem com você, mas que tem uma ação sobre o outro também.
Enquanto você sentir satisfação diante de uma desgraça ao outro, o verdadeiro perdão ainda não aconteceu e você terá que trabalhar ainda por um tempo ou até retomar os passos.

Décimo passo: Gratidão.
A Atitude negativa é manter-se amargurado.
Agradeça a possibilidade que a crise gerou: um aprendizado. “Perdi, mas ganhei”.
Converta as emoções negativas em positivas.
“Eu entendo que foi bom tudo que aconteceu e agradeço”. Cuide para que os sentimentos sejam verdadeiros, caso contrário despertará a vingança.
As palavras perdão, gratidão, ganham um novo sentido.

Décimo primeiro passo: Retomar a alegria de viver.
A atitude negativa é voltar para atrás, bater na mesma tecla, retroceder. Após o pesar, vem a leveza.

Décimo segundo passo: Conquista da paz e da tranqüilidade anterior.
A atitude negativa será fugir, ficar na ilusão.
Esteja pronto para caminhar, esteja em paz consigo mesmo.
Nova fé em si mesmo.

Estes passos podem ser usados até mesmo nas pequenas crises do dia-a-dia. Pense, reflita e faça suas escolhas, pois é você que carregará, para sempre, o peso e a responsabilidade pelas escolhas que fizer.





     







   







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