"Cansei de ser a boazinha para todos,e só receber falsidade em troca. O mundo conspira com a minha felicidade. Todos amam, me ver triste. Ninguém se importa, por que eu me importaria?"
Parece que quanto mais a gente quer evitar as coisas, mais elas se esforçam para acontecer e neste esforço todo a paciência acaba indo embora e algumas palavras não ditas também.
Posso parecer o que for, mas sou uma pessoa muito boa e até demais pro meu gosto. Não consigo mudar isto em mim. Por mais que eu sempre tome na cara, me arrependa depois ou até chore, eu vou lá e finjo que nada aconteceu.
Guardo tudo dentro de mim.
Tem um ditado que diz assim: ” Bonzinho só se fode ” e palmas pra quem fez este discurso meio pejorativo mas totalmente correto.
Pessoas boas nem sempre vão a lugar nenhum, pois elas colocam a prioridade de outras e fingem que não se importa, eu por exemplo sou assim. Engulo algumas exigências de pessoas só pra não ter discussão e finje que concordo com a opinião só pra deixar passar e isto está prestes a acabar.
É complicado mudar algo que sempre existiu dentro de você, mas tudo tem limite e meu limite de boazinha está no fim. Não sei, mas eu uso as palavras tão bem e que neste tão bem ás vezes machuca as pessoas e elas não imaginavam que eu guardava isto por muito tempo.
Não sei se vou ficar a vida inteira fingindo que concordo com você e faço as suas exigências. Não sei até quando eu vou conseguir ser sua amiga e você ficar pisando na bola. Não nego que você na maioria das vezes faz sempre as minhas vontades, mas uma coisa que eu não aturo é critica negativa sobre as minhas ideias e coisas que eu faço. Desculpa, mas eu não aguento mais
ser boazinha com você.
Quem gosta de diminutivos, definha. Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa.
Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo. As boazinhas não têm defeitos.
Não têm atitude. Conformam-se com a coadjuvância. PH neutro. Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções, é o pior dos desaforos.
Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, é isso que somos hoje.
Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos.
As “inhas” não moram mais aqui.
Foram para o espaço, sozinhas.
(Martha Medeiros)
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