Acidente vascular cerebral. Esse é o nome
correto do que os leigos costumam chamar simplesmente de derrame, problema que
responde por 10% das mortes no mundo a cada ano. Aliás, o nome que caiu na boca
do povo é apenas um dos tipos desses ataques ao cérebro. O AVC hemorrágico -que
nem sequer é o mais comum. Nele, um vaso se rompe e o sangue extravasa alagando
uma área da massa cinzenta.
Já no AVC isquêmico, que representa 80% dos casos, acontece algo parecido ao que ocorre no coração dos infartados: uma obstrução de uma artéria bloqueia o fluxo de sangue que deveria irrigar uma determinada região.
Mas nos dois tipos o resultado é o mesmo:
as células da área afetada morrem, causando diversas seqüelas. Dependendo do local
da lesão, pode provocar desde a morte da pessoa até paralisias, problemas de
fala, de visão, de memória, entre outros. Isso é uma realidade para 2/3 dos
pacientes que sobrevivem a um ataque desses.
AVC Isquêmico:
Nesses casos, sintomas como dificuldades
de falar ou de compreensão, perda da sensibilidade nos membros e do equilíbrio
se desenrolam em poucos minutos e vão piorando ao longo das horas. A falta de
irrigação no cérebro pode ter dado algum sinal de aviso semanas ou até meses
antes, na forma de um "mini-ataque", em que os sinais apareceram e
sumiram de repente.
Dependendo da causa da obstrução, os
isquêmicos podem ser de três tipos:
1. Trombótico - aqui o causador do
entupimento é um coágulo formado numa artéria que irriga o cérebro devido à
aterosclerose. Responde por 60% dos casos.
2. Por embolia - Em 20% dos casos o
coágulo foi formado em outra parte do corpo e viajou até obstruir alguma
artéria que leva sangue à massa cinzenta ou que fica por lá.
3. Insuficiência circulatória - aqui o problema
é uma falha no coração, que deixa de bombear sangue corretamente levando à
deficiência de circulação na cabeça. Isso explica por que um ataque do coração
pode levar a um AVC.
AVC Hemorrágico:
Este tipo é mais grave e de pior
prognóstico. Por sorte responde pela minoria dos casos - cerca de 20% deles. É
mais comum em jovens e pode vir acompanhado de uma forte dor de cabeça, náuseas
e vômitos. Mas às vezes não dá nenhum sinal. Sabe-se que alguns hábitos, como
fumar, usar contraceptivos orais (principalmente os que têm muito estrógeno) e
o abuso de álcool e drogas favorecem esse tipo de ataque.
Há duas formas dessas hemorragias:
1. Sub-aracnóide - um vaso da superfície
se rompe, derramando sangue no espaço entre o cérebro e o crânio. A causa mais comum
é o rompimento de um aneurisma, as dilatações nas artérias que ficam cheias de
sangue como um balão. Em geral o gatilho para esse estouro é a pressão alta.
2. Hemorragia intra-cerebral - o
derramamento de sangue é no meio da massa cinzenta, normalmente por causa do
envelhecimento dos vasos ou da hipertensão crônica. Só 10% dos AVC se enquadram
aqui.
Fatores de risco
Os estudos mostram que o grupo mais
vulnerável a um AVC engloba homens, com mais de 55 anos e histórico familiar da
doença. Além disso, os fatores de risco são praticamente os mesmos que estão
por trás de um infarto:
• Pressão alta - este o mais importante
fator de risco que pode ser modificado
• Cigarro - ele diminui a oxigenação do sangue e lesa a parede dos vasos, facilitando a formação de coágulos. Em combinação com alguns contraceptivos orais, seu efeito é ainda pior.
• Diabete - a doença lesa a parede dos vasos, facilitando a formação de placas
• Entupimentos nas carótidas, as artérias do pescoço que levam o sangue ao cérebro
• Problemas cardíacos - a fibrilação, por exemplo, gera um descompasso nas batidas do coração que pode favorecer a formação de coágulos. Soltos na corrente sangüínea, podem ir parar no cérebro.
• Colesterol alto - conhecido formador de placas
• Sedentarismo
• Obesidade
• Cigarro - ele diminui a oxigenação do sangue e lesa a parede dos vasos, facilitando a formação de coágulos. Em combinação com alguns contraceptivos orais, seu efeito é ainda pior.
• Diabete - a doença lesa a parede dos vasos, facilitando a formação de placas
• Entupimentos nas carótidas, as artérias do pescoço que levam o sangue ao cérebro
• Problemas cardíacos - a fibrilação, por exemplo, gera um descompasso nas batidas do coração que pode favorecer a formação de coágulos. Soltos na corrente sangüínea, podem ir parar no cérebro.
• Colesterol alto - conhecido formador de placas
• Sedentarismo
• Obesidade
Sinais
Fique atento a estes sinais. Você deve
correr para um hospital imediatamente à menor suspeita deles:
A falta de sensibilidade ou fraqueza que
surge de repente no rosto, no braço ou na perna, especialmente se for de um
lado só do corpo
• confusão repentina, problemas para falar ou entender o que os outros dizem
• dificuldade de enxergar com um dos olhos
• dificuldade de caminhar, tonturas, perda do equilíbrio ou da coordenação
• confusão repentina, problemas para falar ou entender o que os outros dizem
• dificuldade de enxergar com um dos olhos
• dificuldade de caminhar, tonturas, perda do equilíbrio ou da coordenação
Diagnóstico
Diante de uma suspeita de AVC, o médico
geralmente pede uma tomografia ou uma ressonância magnética do cérebro. Esses
exames mostram com exatidão a dimensão, a causa, o local e a gravidade da
lesão. Também é possível fazer exames das artérias para ver a quantas anda o
fluxo sangüíneo por lá.
Tratamento
Atualmente há drogas capazes de evitar a
morte ou as seqüelas em quem sofre um AVC. Elas desfazem os coágulos e
reestabelecem prontamente a circulação. O grave porém é que, para surtirem
efeito, devem ser ingeridas no máximo três horas depois do início do ataque.
Daí a importância de reconhecer os sintomas e correr para o hospital ao menor
sinal deles.
No caso dos hemorrágicos, os médicos
lançam mão dos medicamentos para estancar o sangue e reduzir a inflamação que
acontece logo depois. Dependendo da causa, pode ser necessário uma cirurgia
para tratar um aneurisma ou eliminar um coágulo que tenha se formado com o
derramamento de sangue.
Além disso, a reabilitação é fundamental
para a recuperação de um AVC. Ela deve começar ainda no hospital e se prolongar
pelo tempo que for preciso. É ela que vai permitir reconquistar habilidades
como falar, comer e até andar. Normalmente é feita por fisioterapeutas e
fonoaudiólogos, mas há programas que incluem até equitação e atividades na
água.
Prevenção
É perfeitamente possível prevenir 80% dos
AVC. E não há nenhum mistério nisso. Basta controlar os fatores de risco. Isso
significa:
• controlar sua pressão arterial. Não
hesite em tratá-la se estiver alta
• verificar com um cardiologista se você tem alguma fibrilação atrial
• parar de fumar
• beber com moderação
• manter as taxas de colesterol no lug• se
for diabético, manter a doença sob controle • verificar com um cardiologista se você tem alguma fibrilação atrial
• parar de fumar
• beber com moderação
• exercitar-se regularmente
• consumir pouco sal
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