google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: O fardo das magoas, sofrimento o perdão e a cura

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

O fardo das magoas, sofrimento o perdão e a cura

Por toda a nossa vida passamos por uma sucessão de problemas e sofrimentos, estamos inseridos em um meio social e dependemos das relações interpessoais, passamos por pressões e sentimos o impacto das injustiças que são cometidas conosco e também com pessoas que são próximas a nós, portanto a mágoa, raiva e outros sentimentos negativos se tornam inevitáveis diante dessas adversidades, mas perdoar nos leva a paz pois é uma atitude de resiliência que preserva a nossa saúde física e mental.


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Perdoar muitas vezes não é tarefa fácil e alguns precisam de um tempo para conseguir, porém é importante colocar empenho em abrir pelo menos uma fresta da porta para que o perdão venha a acontecer.

O perdão está ligado às emoções positivas que devemos cultivar para que não sejamos infelizes. Ao lembrarmos da mágoa que o outro nos causou, fazemos um resgate de todas as emoções negativas que já experimentamos quando o fato aconteceu e esse processo pode se tornar um círculo vicioso por anos e o fato não é esquecido nunca fazendo assim com que o cérebro fique preso na questão que gera obstáculos para o progresso, desgaste físico e emocional, além de levar à depressão e alterações no sistema imunológico que acarretará no aparecimento de doenças.

Não adianta ficar sentado, esperando que um dia de forma mágica as emoções negativas desapareçam, a instalação da amargura precisa ser evitada e para isso é necessário ressignificar o que passou mas não quer dizer apagar o fato acontecido, nada apaga as lembranças ruins, mas quando procuramos dar um novo sentido para o passado conseguimos nos diferenciar e entendemos que a raiva, ressentimento, ódio, são forças que podem se transformar em luz para nós mesmos.

Perdoar não é um ato passivo, muito pelo contrário. Perdoar é um dom que envolve tomar algo de si mesmo e dá-lo ao outro para que lhe pertença e essa é uma atitude íntima e transcendente (Perdoar = Doar).

A sede de vingança enfraquece a serenidade e o raciocínio coerente, leva a uma falsa satisfação além de ser um ato de imaturidade.

A psicoterapia pode auxiliar o paciente no processo do perdão, pois é uma importante ferramenta de auto conhecimento e transformação.

Em psicoterapia o paciente relata o seu sofrimento e tudo o que estava oculto até então e já nesse movimento acontece uma mudança na energia psíquica e o paciente já não se sente sozinho.

Depois do relato, vem à descoberta de possibilidades e potencialidades, um entendimento do que causou o sofrimento, fraquezas e emoções.

Num terceiro passo, o paciente começa a agir e se preparar para assumir uma nova atitude perante a vida e assim acontece a individuação e crescimento.

Um diálogo entre consciente e inconsciente acontece em psicoterapia, assim como a busca por soluções e o processo de cura se torna atingível e consciente para o paciente.

Existe um método criado por Everett Worthington (Psicólogo que pesquisou sobre o perdão) que auxilia muito aos que desejam perdoar. Nesse método, Everett aborda que para facilitar o perdão é preciso procurar não dar ênfase ao acontecimento, recordar a ofensa sem potencializá-la e respirar profundamente quando estiver recordando.

Pensar do ponto de vista da pessoa que lhe causou o dano, quais os motivos que o levaram a cometer tal ação.

Lembrar-se dos momentos em que se sentiu culpado e foi perdoado.

Afirmar para si mesmo que pode ficar acima da mágoa, rancor e vingança e pensar quais os benefícios que serão proporcionados ao seu corpo cultivando os sentimentos negativos.

Convido a todos os leitores deste artigo a pensar que todos nós temos limitações e que podemos também aprender e evoluir muito com as ofensas e injustiças que nos acontecem, pois através delas adquirimos ferramentas que nos preparam para a vida e nos humanizam.

“Somente aquilo que somos realmente tem o poder de curar-nos“ – Carl G. Jung.

Perdoar é libertar-se!

Carregamos o fardo pesado das magoas, ressentimentos e sofrimentos causados pelo outro em nós. "O perdão vai além da justiça humana; é perdoar aquelas coisas que absolutamente não podem ser perdoadas.

Perdoar é libertar-se, é deixar que o passado fique nele, é possibilitar o que vem de novo sem carregar uma bagagem de sofrimento causado pelo outro. 

Perdoar é entender que o ser humano é falho, fraco e corruptível. É abrir-se a um outro jeito de amor o do entendimento. Não significa persistir no erro mas acreditar que feridas precisam ser curadas o remorso é uma forma de mantê-las abertas.

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